Buraco deixado por atual gestão afastou meu sonho de ser presidente

Tem muita gente me perguntando o porquê não tentar ser presidente do Corinthians. A verdade é que há alguns anos eu me preparei mentalmente para essa tarefa. Tinha até a ideia de estudar e principalmente me respaldar de gente competente ao meu lado para executar essa missão. Tive sim os dois mandatos de conselheiro que seriam suficientes para concorrer as eleições. E a ideia era concorrer justamente neste pleito de 2020.

Muita gente de dentro do conselho do clube era contrária a minha figura. Tem gente que não gosta de mim por causa do meu estilo crítico. Ou seja, talvez eu ameaçasse alguma coisa errada que vinham fazendo. Sei lá! Mas a grande realidade dos fatos é que quando vi o tamanho do fundo do poço se aproximando e todos os atuais dirigentes sendo investigados pela Polícia Federal fiquei receoso. Com medo de entrar em um buraco sem volta. O negócio é mais complicado do que qualquer um imagina, viu?

Não que não ame o clube. Muito pelo contrário: talvez eu seja o cara que mais defenda o Timão. Mas a verdade é que minha família não merece esse tipo de coisa. Eles são dependentes do meu trabalho. E faço isso com honestidade e transparência. Meu I.R. está aí pra quem quiser ver.

Sinceramente a situação do Sport Club Corinthians Paulista hoje é catastrófica financeiramente. E por mais que o Sr. Andrés e sua diretoria teime em minimizar o buraco – até pra se protegerem – dificilmente o clube sairá dele em um curto espaço de tempo. O Corinthians hoje precisa de gente competente, honesta e sobretudo altruísta com independência financeira. Que não precise do clube para sobreviver.

Eu sou um cara de necessidades simples, mas que ainda preciso trabalhar pra sustentar minha família (que é grande, diga-se de passagem!). Portanto não estou qualificado para o cargo. Pelo menos por enquanto.