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Só levantam a bandeira quando interessa, né?

Esses dias fiquei sabendo que uma jogadora de futebol de um time da Série A do Brasileirão estava passando necessidades. Fui me informar e descobri que a maioria das meninas recebe um salário mínimo, que inclusive teve redução de 25% durante essa pandemia de Coronavírus. Aí vejo uma polêmica danada em relação a verba de R$ 125 mil que a CBF repassa aos clubes para manter os elencos. O presidente do Vitória, Paulo Carneiro, afirmou em alto e bom som que usa esse dinheiro para o que quiser. Isso mesmo o Walter Feldman, diretor da entidade, dizendo que a grana é exclusiva para o feminino.

Isso me faz entender que a modalidade está totalmente largada. Não consigo ver ninguém levantando essa bandeira e defendendo essas meninas. Aliás, muitas delas sustentam famílias com o futebol. A Marta quando a Seleção foi eliminada da última Copa do Mundo fez um baita discurso cobrando que apareçam mais jogadoras. Mas em nenhum momento cobrou os dirigentes, esses sim os principais responsáveis pelo sucateamento do esporte.

Acho curioso que quando chega próximo de grandes eventos, os principais meios de comunicação do País dão uma valorizada monstra para o futebol feminino. Isso só porque tem grana envolvida nos departamentos comerciais. Mas enquanto não tem, só quem dá alguma moral sou eu e a Band (saudades do eterno Luciano do Valle, que foi o percursor em levantar essa bandeira).

Hoje falamos muito sobre isso no programa. Inclusive colocamos na resenha a Erika, zagueira do Corinthians e da Seleção Brasileira. Dê só uma olhada.

Craque Neto 10

Neto é ex-jogador de sucesso e um dos maiores ídolos da história do Corinthians. Desde 2006 trabalha na TV Bandeirantes e Bandsports onde é apresentador dos programas ‘Os Donos da Bola’ e ‘Baita Amigos’. Agora é blogueiro exclusivo do Portal da Band. Atualmente sua audiência é considerada um fenômeno em mídias eletrônicas.

11 comentários

  • Neto, a dura verdade é que o futebol feminino é lento, sem tática e feio de se assistir.
    Infelizmente você só dá moral porque é o único evento grande que a Band ainda consegue pagar
    Gostaria que essa realidade mudasse, mas não creio nisso.

  • Aí neto da uma moral pras meninas do vitória,pau quebrou na rádio sociedade da Bahia,Paulo Carneiro falou que não vai pagar e ponto final.

  • Normalmente é sempre assim em todos os esportes. Vejo um monte de atleta cobrando patrocínio, acho que ao invés disso deveria cobrar que os repasses que tem sejam utilizados da forma correta.

  • Neto, defender mais recursos da CBF pro futebol feminino é dar murro em ponta de faca. Enquanto a modalidade não gerar interesse do público e não atrair patrocínios a realidade será essa ai mesmo pra pior. Não fosse a CBF forçar os clubes a ter times femininos nem campeonatos profissionais elas teriam. Essa é a dura realidade, aceite o sr. ou não, o povão em geral não se importa com futebol delas. Até a série D e torneios regionais/amadores (masculino) geram muito mais interesse e receita que a série A (feminina). Nem mulher assiste futebol feminino, cara! Neto, o motor do mundo é o dinheiro, se o futebol delas não gera audiência e não dá lucro, sinto muito, mas não há o que fazer, forçar a CBF a jogar recursos nela não vai resolver o problema.

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