Craque Neto 10

Lembro perfeitamente quando o Andrés Sanchez assumiu a presidência do Corinthians no final de 2007 e, rebaixado no Brasileirão, teve a missão de renovar o elenco para a difícil e pressionada disputa da temporada seguinte. Naquela ocasião, bem auxiliado pelo assistente Mauro e pelo coordenador Antônio Carlos Zago, a diretoria foi buscar jogadores até então desconhecidos do grande público mas que conseguiram construir uma história de sucesso no clube, casos do zagueiro Chicão, dos laterais Alessandro e André Santos, além de meias de qualidade como meias Elias e Douglas. Mais tarde ainda vieram outros caras bem ‘garimpados’ como Ralf, Jucilei, Paulinho e até o Cássio, que estava na reserva do futebol holandês.

Em um passado recente o Corinthians ao invés de investir uma baita grana em atletas – e enriquecer empresários, diga-se de passagem! – corria atrás de promessas para transformá-los em realidade. Isso foi prática comum na primeira gestão do Andrés e seguiu ainda assim em boa parte da gestão em que Mário Gobbi comandou. Quem não se lembra do negócio com o quase aposentado Ronaldo? Tacada de mestre que deu muito certo.

Só que depois a coisa descambou, viu? Inacreditável como o clube tem feito péssimos negócios gastando uma fortuna com jogadores totalmente sem nível. A diretoria verdadeiramente parece ter perdido a mão! A coleção recente de reforços sem nível vindos do Fluminense é inacreditável. Não salva um, poxa vida! Agora a palavra de ordem é repatriar ídolos do passado. Falaram no argentino Tevez e agora os bolas da vez são Elias e Jô, ambos com 35 e 33 anos respectivamente.

Se perguntarem minha opinião, no atual cenário, lógico que vou falar pra contratar. Até porque o elenco atual do Timão é fraquíssimo. Mas não é o ideal, vai! Pensando com cabeça de dirigente, são jogadores com idade avançada e de difícil negócio futuro. É contratar para rendimento técnico em um curto espaço de tempo. Mas será que ambos ainda podem render aquilo que os consagraram? E outra: a que preço viriam?

Todas essas análises precisam ser feitas. Inclusive a dispensa de jogadores criados na base que estouraram mais tarde como o goleiro Wéverton, hoje no rival Palmeiras, os supercampeões do Flamengo Willian Arão e Éverton Ribeiro.

A cada dia que passa tenho a impressão que Andrés e seus assessores perderam a mão de como se administram um clube com seriedade e profissionalismo.