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A irresponsabilidade com dinheiro alheio precisa acabar

Não me canso de dizer que demorou muito para as autoridades mudarem o sistema de gestão dos clubes de futebol no Brasil. A lei de responsabilidade fiscal precisa ser aprovada o quanto antes para acabar com essa farra que existe com o dinheiro alheio. Isso é, o cara é presidente de clube, administra um cofre com milhões de reais sendo que gasta muito mais do que ganha – alguns muitos se corrompem – e ninguém sofre nada por isso. A discussão é que se esse mesmo cartola pagasse o rombo de um clube com seu próprio dinheiro existia possivelmente mais responsabilidade administrativa.

Veja um caso clássico que aconteceu recentemente no São Paulo. Fiquei sabendo que o São Paulo fechou um acordo com o ex-meia Ricardinho, aquele mesmo que fez sucesso no Corinthians, foi pentacampeão com a Seleção e hoje é comentarista do Sportv. São R$ 30 milhões que o Tricolor terá que desembolsar por dívidas que chegaram até a última estância da justiça brasileira. A pendência começou com o hoje falecido Marcelo Portugal Gouvêa, presidente do clube na época, e só foi resolvida agora. No limite.

Ainda bem que a bucha estourou agora no Leco, que já era vice-presidente naquele tempo. A pergunta que não quer calar é: por que não acertou isso antes? Por que deixar isso se arrastar tanto tempo? Se fez um acordo não precisa cumprir? É justamente por irresponsabilidade de dirigentes – muitos deles nada profissionais – que a instituição do São Paulo terá que arcar com essa baita fortuna. É justo?

O futebol precisa mudar! URGENTE!

De positivo fico feliz em afirmar que até quinta geração do Ricardinho está mais do que garantida. Parabéns pela paciência, meu amigo.

Em tempo: a assessoria do ex-meia Ricardinho entrou em contato comigo afirmando que de toda essa grana ele não receberá nenhum centavo. Isso porque a dívida do São Paulo é com a empresa RES Empreendimentos e Participações e Traveller Turismo que na época teria ajudado o clube na aquisição dos direitos econômicos do jogador. O valor da dívida em 2004 era de R$ 5 milhões, o que reforça ainda mais o absurdo que os dirigentes fizeram esse tempo todo. Esse juros e multa rolou porque não é do bolso deles, certo? Só fico triste pelo Ricardinho, porque podia pingar algum, não é amigo?

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